25 e 26 de novembro, no Teatro Rivoli, no Porto
Data e Local
25 e 26 de novembro, no Teatro Rivoli, no Porto
Produção
Quarteto Contratempus, com coprodução do Teatro Municipal do Porto
MAIS INFORMAÇÕES
quartetocontratempus.com
A ópera "Lugar Comum" de Sofia Rocha Sousa e libreto de Mário João Alves, é a nova produção do Quarteto Contratempus e estreia no Teatro Rivoli, no Porto, hoje, 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. A data não é uma coincidência, tendo em conta que a a temática que esteve na génese do projeto artístico desta ópera é o da Violência Contra a Mulher.
O projeto junto os esforços e interesses da Misericórdia do Porto, do Quarteto Contratempus e do Rivoli - Tearo Municipal do Porto, que acolhe as duas primeiras récitas, hoje e amanhã, às 19h30, com entrada gratuita.
Durante três anos, colaboradores da área social da Misericórdia do Porto, artistas e públicos vulneráveis uniram-se na desconstrução de conceitos e cenários de violência contra as mulheres, com a construção de 25 fragmentos de arte que convergiram para este espetáculo final. O conjunto destas ações foi fundamental para a estruturação da ópera.
O objetivo, segundo o Quarteto Contratempus, "foi o de uma criação que espelhasse no palco de um teatro a dureza da realidade social que o palco doméstico esconde. Por vezes, mesmo estando à vista de todos, a situação permanece oculta e sem ser alvo de denúncia, sobretudo se ocorrer com pessoas de franjas mais estigmatizadas ou vulneráveis da sociedade".
Promovido pela Misericórdia do Porto e financiado pelo Portugal 2020, o projeto “Mudando o que tem de ser Mudado” visa a prevenção da violência contra as mulheres e envolveu vários grupos de utentes das suas respostas sociais, nomeadamente: crianças e jovens, pessoas com deficiência e/ou incapacidade, idosos, vítimas de violência doméstica e pessoas em situação de emergência social.
Para o Provedor da Misericórdia do Porto, António Tavares, “este é um projeto que queremos transformador, transformador para as vítimas, convertendo as suas experiências traumáticas em exemplo de voz e empoderamento, inspirando outras que agora vivem essa realidade, e transformador para a sociedade, transformando a indiferença e omissões em espelhos de rejeição à violência. Não é ao acaso que decidimos que as portas do espetáculo vão estar abertas, é um convite (que não pode ser recusado) à participação de todos, com o objetivo de sensibilizar, envolver e responsabilizar. Este é um projeto de todos e para todos, porque amanhã todos podemos ser a vítima. Temos de parar, temos de mudar este lugar comum.”
“O lugar Comum começa a doer pelo seu próprio nome; por se dizer Comum e pelo seu simples existir como Lugar. Porque o rigor do sítio e a nudez do espaço são imensas, amontoadas, mas à enormidade do espaço contrapõe-se um teto baixo de luz branca, claustrofóbico", sublinha Mário João Alves, autor do libreto.
http://quartetocontratempus.com
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FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Libreto Mário João Alves
Composição Sofia Sousa Rocha
Encenação António Durães
Assistência de Encenação Tatiana Rocha
Direção Musical Constança Simas
Apoio ao Movimento Leonor Keil
Interpretação Teresa Nunes (soprano), Miguel Leitão (tenor), Crispim Luz (clarinete),
Masnuela Ferrão (violoncelo), Carolina Leite Freitas (violoncelo), Sérgio de A (piano) e
Leonor Keil
Coro Ana Rosa, Beatriz Ramos, Natali Gonçalves e Teresa Queirós
Mapeamento e Criação Multimédia Hugo Mesquita
Desenho e Operação de Luz Mariana Figueroa
Desenho e Operação de Som José Afonso Monteiro
Figurinos e Cenografia Cláudia Ribeiro
Assistentes de Figurinos e Cenografia Joana Castanheiro e Maria Cavaggioni
Maquilhagem Cristina Araújo
Produção Tatiana Rocha
Fotografia Pedro Sardinha
Teasers e Registo Vídeo Miguel F
Apoio às Residências Teatro Municipal da Guarda, Munícipio de Ponte de Sor, CRL-
Central Eletríca
Coprodução Teatro Municipal do Porto - Rivoli
Promotor Misericórdia do Porto
Fotos: Pedro Sardinha/Quarteto Contratempus